Hoje trago um vídeo diferente
dos que geralmente faço, pois não vamos falar de nenhum projeto específico,
mas, sim, sobre o meu ingresso no Mundo Maker, ou seja, como comecei a
trabalhar com a Internet das Coisas. Vou ainda explicar sobre LPWan, LoRa e
LoraWan, abordar os tipos de rádios LoRa, além de expor alguns exemplos de
montagem que tenho desenvolvido. Por fim, vamos falar um pouco sobre a
eletrônica, ou seja, a arquitetura de um EndPoint.
Esses assuntos eu abordei em
uma palestra que ministrei na capital paulista neste início do mês, no 2º Meetup
IoT Inside SP. Como gosto muito destes tópicos decidi estender as informações
para todos que me acompanham, por isso a gravação deste vídeo.
Além da IOT, escolhi falar
sobre a Eletrônica dos Endpoints, pois acredito que esse assunto represente 90%
do que tenho trabalhado. Adianto, no entanto, que
futuramente quero começar a abordar os gateways, embora considere esse tema um
tanto “espinhoso”, pelos diferentes modelos, a necessidade do entendimento de
criptografia, chaves, entre outras especificidades.
Como iniciei com IOT
Há cerca de três anos atrás eu
criei um curso presencial, com intuito de ensinar as crianças a programarem. No
laboratório da escola onde trabalho, apresentamos, então, o Arduino a estes
alunos. A procura pelo curso foi aumentando e passamos a atender também adultos
interessados no assunto.
A partir do aprendizado com a
criação deste curso e do aprofundamento no ensino da programação, entre outros
conhecimentos que fui adquirindo neste período sobre o mundo da tecnologia,
decidi criar um canal no YouTube. Nele posto vídeos duas vezes por semana e, no
meu Blog, ainda coloco artigos mais detalhados sobre os assuntos abordados nos
vídeos.
Maker
Valorizo muito o Mundo Maker, ou
seja, aquela filosofia de Faça Você Mesmo, de ter componentes e ferramentas em
casa, de fazer as coisas com as próprias mãos. Como sou assim, acredito que
isso possa atrair outras pessoas, que podem ou não ter formação profissional na
área, mas, principalmente, que, assim como eu, são apaixonadas por essa integração:
Eletrônica, Mecânica e IoT.
Bom, então, tratando do Mundo
Maker, tem alguns tópicos
que não posso deixar de citar:
- Componentes vs Módulo: a
evolução dos componentes para a transformação nos módulos hoje existentes foi
essencial para facilitar o acesso e a atuação nesta área. Hoje em dia temos uma
série de placas prontas para uso, com microcontroladores, displays, sensores,
possibilitando uma prototipagem muito mais rápida.
- Preço e disponibilidade:
hoje em dia podemos dizer que o preço é mais acessível do que há alguns poucos
anos atrás. Essa melhoria também ocorreu em relação à disponibilidade de
produtos ligados a essa área, antes difíceis de serem encontrados.
- Informação na Internet (Datasheet,
esquemas, blogs e Youtube): hoje temos acesso fácil a tudo que diz respeito
sobre o Mundo Maker. Um exemplo é o meu canal e o meu blog, entre tantos outros
que existem hoje na rede mundial de computadores.
Conectividade
Experiência com hardware:
Ponto a Ponto:
- 24L01 só radio digital
- Rádios com UART TX RX
transceiver 433mhz 915mhz etc.
- Chaveiro de Alarme de Carro
433mhz
- Bluetooth / Bluetooth TX RX
Uart
- LoRa: ponto a ponto
- Protocolo ESP-Now
Endpoint: Sensor / Atuador
Sensores: Disponibilidade /
Adaptação
Necessidades heterogêneas
Experiência com LPWan
Muitos seguidores do meu canal
me perguntam sobre a utilização do LoRa, LoRaWAN ou protocolo LoRa para ligação
de internet de uma residência com um sítio, por exemplo. Gente, LoRa não serve
para isso. Faço aqui, então, uma comparação entre LoRa e WiFi 802.11.
LoRa (Low Power Wide Area
Network) trata-se, então, de uma rede de baixa potência utilizado basicamente
para alimentação de um chip LoRa com bateria, a qual pode chegar a durar até 20
anos.
Qual a principal diferença entre LoRa e o WiFi 802.11, que é aquele que você utiliza no roteador da sua casa? O roteador faz o seguinte: ele otimiza ao máximo a sua capacidade de mandar informação, isso gastado a quantidade Watts que for necessária. Ele não quer saber quanto gasta porque está ligado na energia. Já em relação a distância, esse quesito é sacrificado, já que considera mais importante a capacidade de envio de dados.
No caso da LoRa, das montagens
que já fizemos, ou seja, do ESP32 com chip LoRa, por exemplo, a taxa de
transferência de dados que é sacrificada, enquanto a distância é otimizada.
Isso significa que a LoRa gasta menos potência possível para poder ir o mais
longe possível.
- LoraWan / Lpwan: para mínimo
de consumo de bateria e máximo de distância, máximo de nós por gateway
LoRa protocolo proprietário
Esse é um exemplo de LoRa Protocolo
proprietário. Coloquei um sensor DHT22 com um ESP32 LoRa, que envia os dados
para um receptor ESP32 LoRa. Via Uart, ele acessa um Arduino Nano e, via SPI,
uma Interface Ethernet. Neste caso, acessamos então um Gateway que envia um SMS
com as informações colhidas para um smartphone. Veja como essa montagem
funciona no vídeo: ESP32 LORA: Sensor de Gás, Umidade e Temperatura por SMS.
Veja aqui o diagrama deste
circuito:
Quando eu uso ESP32 LoRa?
·
Quando preciso prototipar
·
Quando preciso de velocidade “tempo de resposta”
·
Não quero pagar mensalidade ou tráfego
·
Não existe cobertura pública de gateways
·
Aplicação específica
·
Sensores exóticos incompatíveis com hardware
padrão
·
Número de nós menor que 255
Quando eu uso LoRaWan e EndPoints prontos?
·
Quando o número de nós é muito grande: acima de
255
·
Quando não preciso de velocidade “tempo de
resposta”
·
Existe cobertura pública de gateways
·
Sensores e Endpoints testados e disponibilidade
em grande escala
O que fazer com a grande quantidade
de dados ?
Possível arquitetura de um Endpoint
Aqui temos dois exemplos de
circuitos de alto consumo.
·
Uno 40mA @ 9V
·
Mega 60mA @ 9V
Baixo Consumo para operar com
bateria:
ESP32: M5Stack com DHT
Trago aqui mais um exemplo de
Endpoint, desta vez com o M5Stack, um ESP32 muito especial, perfeito para a
Internet das Coisas. Este sujeito tem o ESP32 dentro dele, somando-se ainda
display, teclado, amplificador, alto-falante, bateria... Então, é um
dispositivo que pode fazer inúmeras coisas. Eu já gravei um projeto com ele que
está neste vídeo: ESP32: M5Stack com DHT22.
Aqui temos exemplos de módulos
que podem ser conectados ao M5Stack
Agora, modelos de projetos:
Case : Square - Sistema de pagamento
Quero falar aqui de um
EndPoint um pouco diferente. Esse case eu conheci no livro do Chris Anderson:
Makers – A Nova Revolução Industrial. Neste caso, McKelvey e Dorsey montaram
uma empresa que se chamava Square Sistema de Pagamento e criaram um dispositivo
a ser encaixado na porta do cabo de áudio de um celular, a qual convertia os
dados de um cartão de crédito, transformando smartphones em uma espécie de
máquina de cartão de crédito. Isso não é novidade hoje em dia, mas devemos
destacar que esse projeto foi desenvolvido por McKelvey e Dorsey lá atrás, em
2009.
Diferentemente das empresas
anteriores de McKelvey e Dorsey, hoje conhecidos por terem fundado o Twitter, a
Square era uma combinação de hardware e software: o pequeno acessório a ser
conectado ao telefone eram os átomos, enquanto o aplicativo para o telefone e
os serviços de Web, a serem ativados pelo hardware, eram os bits. Isso
significava que ambos estavam em um negócio de eletrônica, quisessem ou não.
Dorsey:
“Se eu não o tivesse feito, esse conhecimento teria sido intermediado. Estaríamos com um produto desajeitado, projetado por um comitê. Mais demorado, mais caro e muito menos legal”.
1 Comentários
Fernando, boa noite, vc é formado como técnico em eletrônica ? Se sim, vc teria algum arquivo falando sobre a importância da eletrônica na IoT ?
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