Hoje trago um vídeo sobre um
assunto que achei bem interessante, que são os módulos de radar Doppler. Na
verdade, me deparei com eles quando navegava pela internet e resolvi pesquisar
um pouco mais e acabei gostando. Então, hoje nós vamos discutir o funcionamento
de um radar pulsado e um radar de onda contínua (CW) Doppler, além de apresentar
os módulos de radar Doppler HFS-DC06 e IPM-165 (CDM 324).
RECURSOS USADOS - SERVIDOR
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Módulo radar HFS-DC06
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Módulo radar IPM-165 (CDM-324)
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Resistores de 12k e 120k
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2 capacitores de 10uF
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ICL7660 (para fonte simétrica)
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Amplificador Operacional LM358
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Fios
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Protoboard
TIPOS DE RADAR
RADAR é um acrônimo para RAdio
Detecting And Ranging e refere-se a tecnologia de detecção e telemetria via
ondas de rádio.
Podemos dividir os radares em
dois grandes grupos: os radares pulsados e os radares de onda contínua.
Embora esta classificação não
esteja incorreta, o espectro cobertos por estes dispositivos está em constante
evolução e uma diversidade de novas técnicas são utilizadas para ampliar sua
performance e atender várias especificidades, requerendo assim uma
classificação muito mais detalhada.
RADAR PULSADO
O princípio fundamental de um
radar pulsado é a emissão de uma onda eletromagnética de alta frequência e alta
energia, em intervalos de tempo, e a detecção de seu “eco”, ao ser refletida
por um determinado alvo.
Esta detecção pode ser
realizada tanto pelo próprio transmissor quanto por uma ou mais antenas
receptoras.
O tratamento mais elementar do
sinal recebido é a determinação do intervalo entre sua emissão e sua posterior
recepção.
Conhecendo-se a velocidade de
propagação da onda eletromagnética no meio onde o radar é utilizado, pode-se
facilmente determinar a distância do alvo, através da expressão:
*Note que o caminho percorrido
pela onda é o dobro da distância d entre o emissor e o alvo, logo o intervalo de
tempo considerado deve ser entre a emissão e recepção do pulso refletido.
Como a medição correta da
distância pelo radar pulsado depende não só da detecção adequada do pulso
refletido, mas também do intervalo até esta detecção, a precisão na medida de
tempo e o sincronismo entre a marcação deste tempo entre o emissor e o
receptor, ou receptores é de suma importância para a eficiência do Radar.
Embora seu princípio de
funcionamento seja basicamente a determinação de distância, pode-se implementar
artifícios que permitam ao radar pulsado determinar velocidade e direção, bem
como a detecção de múltiplos alvos.
O fato é que um radar pode
muitas vezes funcionar em conjunto com outros tipos de radar, e principalmente
com um tratamento dos dados e sinais cada vez mais refinado, aumentando assim a
precisão da informação coletada.
RADAR DE ONDA CONTÍNUA (CW – CONTINUOUS WAVE)
Outra forma interessante de
funcionamento do radar é a emissão contínua da onda. Neste caso, veremos dois
radares CW que utilizam-se do efeito Doppler para determinar movimento e
velocidade de um alvo.
Os radares CW Doppler detectam
a variação da frequência do sinal refletido causado pelo movimento do alvo
afastando-se ou aproximando-se do transmissor.
No caso de um movimento
tangencial do alvo, a detecção fica prejudicada, já que neste caso não há
variação da frequência e o radar perceberá o alvo como imóvel.
O HFS-DC06 (5,8GHz)
O HFS-DC06 é um módulo radar
CW Doppler, que vem com um tratamento do sinal de saída que permite sinalizar
digitalmente se um movimento foi ou não detectado.
Este tipo de módulo é muito
comumente utilizado em aplicações de segurança, trabalhando junto com sensores
PIR, já que um é capaz de realizar com eficiência e grande sensibilidade a
detecção de movimentos de aproximação e afastamento do sensor, movimentos estes
que não são detectados facilmente pelos sensores PIR.
Estes últimos por sua vez, são
capazes de medir com maior eficiência movimento tangenciais, cobrindo assim a
lacuna deixada pelos radares CW Doppler.
Os HFS-DC06 possuem dois
trimpots para ajuste de sensibilidade e retenção do sinal de detecção, típicos
ajustes para centrais de alarme.
CAPTURA DO SINAL GERADO PELO HFS-DC06
Aqui podemos observar um único
pulso indicando a detecção do movimento.
O circuito interno acoplado ao
módulo radar já realiza o tratamento do sinal da onda recebida e nos permite
lidar somente com a detecção do movimento.
IPM-165 (CDM-324)
DISTRIBUIÇÃO DAS ANTENAS
As antenas são distribuídas em
dois grupos, TX de um lado e RX do outro.
O lado oposto possui uma
cavidade que serve deblidagem e possui um absorvedor para evitar reflexões internas.
IPM-165 (CDM-324)
AMPLIFICAÇÃO DO SINAL INTERMEDIÁRIO IF
O sinal de saída deste sensor
é a componente I de um demodulador IQ. Ela será nula quando nenhum movimento
for detectado e uma senoidal de frequência fixa para um movimento com
velocidade constante.
A frequência desta senoidal
será proporcional à velocidade do alvo em movimento e, segundo o fabricante,
deve ser de 44Hz/(km/h).
A intensidade do sinal por sua
vez é muito pequena, da ordem de algumas centenas de micro volts. Assim, é
crucial que o sinal de saída seja amplificado o mais cedo possível, para evitar
que a informação se perca em meio a ruídos no circuito da aplicação.
O fabricante sugere o seguinte
circuito amplificador:
CAPTURA DO SINAL GERADO PELO IPM-165 (CDM-324)
Para fins de teste optamos por
um circuito mais simples, mas que permite a observação dos sinais de forma
qualitativa. O circuito é composto por um AmpOp no modo não inversor com ganho
de aproximadamente 11x, e um circuito para alimentação simétrica do AmpOp,
baseado no ICL7660.
Aqui podemos observar a
captura de duas detecções.
Na primeira, temos um objeto
se aproximando com uma velocidade razoavelmente constante. A frequência deste
sinal indica a velocidade do objeto. A intensidade do sinal aumenta porque o
objeto está se aproximando.
Na segunda, temos um objeto se
afastando, percebemos que houve uma variação na sua velocidade durante o
movimento, mas a amplitude sofre uma variação que não combina com a velocidade,
isso porque, como usamos uma chapa como corpo de prova, sua inclinação mudou
durante o movimento, variando a intensidade da onda refletida. Fizemos isso
para salientar que, embora seja possível determinar a direção do movimento pela
amplitude, outros fatores podem influenciar nesta grandeza, o que pode
inviabilizar esta técnica em algumas aplicações.
AVALIAÇÕES MATEMÁTICA PARA EXEMPLIFICAR
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Para finalizar, vamos deixar aqui uma série de
exemplos do comportamento das ondas envolvidas, baseadas em uma modelo
matemático. Note que a variação da amplitude não foi levada em consideração
neste modelo, embora isso fosse possível. O objetivo é permitir que somente a
variação da frequência (uma única variável), seja avaliada nos exemplos.
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Outro detalhe é que os valores de frequência e
velocidade foram exagerados para que os gráficos permitissem formas de ondas
mais representativas, visando assim facilitar a observação do fenômeno.
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